Focault diz que
Se quisermos
realmente conhecer o conhecimento, saber o que ele é, apreendê-lo em sua raiz,
(…), devemos compreender quais são as relações de luta e de poder. E é somente
nessas relações de luta e de poder - na maneira como os homens entre si se
odeiam, lutam, procuram dominar uns aos outros, querem exercer, uns sobre os
outros, relações de poder - que compreendemos em que consiste o conhecimento
(2003, p.23).
A saber, conhecimento
é um patrimônio humanitário. A definição clássica de conhecimento, originada em
Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada. Aristóteles
divide o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.
Além dos conceitos
aristotélico e platônico, o conhecimento pode ser classificado em uma série de
designações/categorias:
Conhecimento Sensorial: É o conhecimento
comum entre seres humanos e animais. Obtido a partir de nossas experiências
sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).
Conhecimento Intelectual: Esta categoria é
exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera
comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma
lógica.
Conhecimento Empírico/Vulgar/Popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do
senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não
pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de
subjetiva, é superficial.
Conhecimento Científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito
de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com
explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na
racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese
que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento
científico quase uma antítese do empírico.
Conhecimento Filosófico: Mais ligado à
construção de idéias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da
indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao
conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas
dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da
razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição
humana.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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ECO, H. O Nome da Rosa, traduzido por Maria Celeste Pinto,
Círculo de Lectores, 1980
FOUCAULT, M. A Verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro:
Editora Nau, 2003.
KRISNAMURTI, J. Trad.
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TRAGTENBERG, M. Revista Espaço Acadêmico – Ano 1 – N 07 –
Dezembro de 2001 – Mensal – ISSN 15196186.
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25/01/2012.
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